terça-feira, 12 de julho de 2011

O Poder da Cruz


Prefácio:

Um piloto de avião comercial relatou uma experiência que teve num vôo entre Londres e Nova Iorque. Um os motores deixou de funcionar no meio do oceano. Imediatamente se deu conta que o combustível não chegaria no aeroporto mais perto em Terranova, no Canadá. Depois de enviar SOS, pedindo socorro urgente, ele e seu co-piloto viram a poucos quilômetros uma cruz ardendo em chamas e essa estranha figura permaneceu diante de seus olhos por centenas de quilômetros até que chegarem salvos em Terranova. Poucos dias depois o piloto disse: “Minha vida nunca mais será a mesma, pois cada vez que vejo uma cruz, me recordo com emoção que foi uma cruz que nos salvou”.

A cruz para os intelectuais de Corinto era loucura, por isso Paulo escreveu que a “loucura de Deus é mais sábia do que os homens” (I Co. 1:25). Para os judeus a cruz é uma pedra de tropeço, para os gentios é pura fantasia. Muitos atualmente não aceitam a mensagem da cruz porque não é agradável ao seu orgulho, pois se questionam: “Como pode alguém morrer dessa maneira para salvar o mundo? E para salvar o quê?”. Porém, a cruz para nós tem poder e graça porque através dela temos o privilégio de ter a remissão dos nossos pecados (I Co. 1:18). Se não aceitarmos a cruz estamos simplesmente na religião, porque estaremos desprezando o Cristo crucificado que é a nossa única esperança para fugirmos do juízo e da destruição.

Quando observamos a cruz vemos várias verdades:

1). Ali está o ponto culminante do resultado do pecado.
Esse cenário de horror tornou-se num espetáculo de sofrimento pelo qual o ser humano não teve mínima compaixão. Alguns dizem que se Jesus viesse hoje em forma corpórea como da primeira vez, seria recebido com glória e honra, porém hoje estamos pregando o Cristo crucificado e as pessoas ainda estão resistentes. Jesus está em nosso meio em forma de pregação manifestando milagres, pois o seu reino está próximo e mesmo assim vemos missionários mortos e pastores sendo perseguidos. Jesus um homem que não cometeu delito algum, somente o bem e mesmo assim as multidões diziam: “Crucifica-o...” porque fizeram isso? Sabendo que viram e ouviram Jesus aliviando os sofrimentos das pessoas? A resposta está no íntimo do coração humano. O homem não mudou a desobediência e a pecaminosidade de Adão estava ainda em evidência naquela geração, como está em nossos dias (Rm. 3:23).


2). Na cruz, vemos que Deus é inimigo mortal do pecado:
Deus em sua onisciência resolveu dois problemas; primeiro remiu os nossos pecados, porque está escrito que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb. 9:22), podemos pensar que esse derramamento é uma severidade da parte de Deus, mas se tivermos essa posição não estaremos vendo a verdadeira natureza do pecado com sua conseqüência que é a morte. Em segundo lugar, muitos dizem que as pessoas que praticam o pecado não são responsáveis pelo que fazem, mas se olharmos para cruz vemos que Deus colocou seu Filho unigênito na cruz demonstrando a todos o que é pecado, e mais, Deus está usando o Espírito Santo para convencer as pessoas a não pecarem e assim estaremos conscientes do que fazemos.

3). Na cruz Deus demonstrou o seu amor para conosco:
Pecados que nos tempos da lei o homem morreria, hoje alcançamos perdão de Deus através de Jesus Cristo. Uma moça visitou Billy Graham e sua esposa; ela tinha sido destacada por suas atividades mundanas na alta sociedade e após a sua conversão dizia que não podia entender o amor de Deus, pois ela tinha sido uma pessoa muito ruim. O ser humano por natureza aceita o pecado, mas não tem a capacidade de perdoar seu próximo, mas Deus não aceita o pecado, mas perdoa o pecador.

4). A cruz de Cristo é o caminho para a nossa vitória:
Porque antes estávamos presos pelo pecado e sob o controle de Satanás. A cruz é o instrumento usado por Deus para nos livrar da penalidade do pecado e das garras do diabo. E também a cruz tratou a nossa natureza pecaminosa porque está escrito que: “o nosso velho homem foi crucificado com Ele” (Rm. 6:6). Muitos crentes estão lutando em várias áreas de suas vidas, mas só poderemos vencer através da cruz e afirmarmos com convicção: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl. 2:20).

5). Ao olharmos a cruz vemos o fundamento da verdadeira fraternidade para com aqueles que seguem a Jesus:
Hoje se fala muito em paternidade universal de Deus e irmandade universal dos homens, dizendo que a humanidade é uma família e Deus pai de todos. Mas olhando biblicamente só podemos estar na família de Deus através da fé e aceitarmos a Jesus como nosso Salvador pessoal e nascer de novo. Na bíblia existem duas classes; os salvos e os perdidos; se não fosse assim João Batista não diria aos fariseus “Raça de víboras quem ensinou a fugir da ira futura?” (Mt. 3:7).

A Cruz e o seu significado:

Perguntaram recentemente a um grupo de estudantes universitários: “Qual foi o dia mais negro da história mundial?” Quase unanimemente responderam que foi a morte de Jesus na cruz do Calvário. Certamente quando vamos à bíblia nos daremos conta que esse foi o dia mais negro da humanidade. Essa gigantesca acumulação de pecado estava sobre aquele que nunca cometeu pecado, por isso o sol escureceu havendo trevas em toda a terra houve terremotos e toda a natureza se convulsionou. Aquela escuridão e tristeza durariam pouco tempo, o universo estaria num novo e glorioso dia.
Se analisarmos (Gl. 6:14), Paulo diz que se gloriava na cruz. Mas como pode alguém se gloriar na cruz? Se ela é um instrumento de tortura e vergonha? Paulo se gloriava porque sobre aquele madeiro o amor de um Deus compassivo se havia dado a conhecer a um mundo rebelde. Gloriava-se porque este ato generoso nunca foi cumprido por homens ou anjos. Paulo via naquele madeiro rústico e sem beleza artística, que emanava a radiante esperança para o mundo. Era o fim da nossa escravidão.

Quatro benefícios da Cruz:
1). Reconciliação: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” (II Cor. 5:19). A palavra “reconciliação” (gr. Katallage) significa colocar em harmonia, restaurar as relações. Jesus Cristo restaurou sozinho a harmonia do homem consigo mesmo, com seus próprios semelhantes e principalmente com Deus. Nós fomos reconciliados com Deus através da expiação que significa substituição. A maior evidência de cristianismo é o amor por outras pessoas e isso Jesus fez por toda a humanidade substituindo o homem de ir pra cruz. Certo homem tinha horror a uma determinada raça e era tanto o seu ódio que se juntou a um grupo extremista que praticavam violência contra essa raça. Quando ele ouviu a palavra de Deus saiu aquele ódio e rancor. E certa vez ele estava assentado ao lado de uma pessoa daquela raça que ele odiava e repentinamente esse homem pegou na mão do outro homem e começou a chorar. Somente Deus pode nos capacitar para amar aos que não parecem dignos de ser amados.

2). Redenção: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co. 5:21). O cristianismo é a única fé redentora entre as religiões do mundo. O destacado historiador Arnold Toynbee referiu-se a uma enfermeira chinesa que cuidava dos filhos de um casal cristão. Os pais viram que ela estava descontente com alguma coisa e resolveram perguntar o seu problema. Ela disse: “Tem algo que eu não consigo compreender; vocês são pessoas boas amam seus filhos, apesar disso em sua casa tem um quadro que representa um criminoso que está sendo torturado com extrema crueldade; tem cravos que atravessam pés e mãos. Não entendo como vocês expõe a seus filhos para verem essa horrível cena. É baseado nessa declaração que para o Dr. Toynbee e para os intelectuais a mensagem da cruz é uma loucura. O amor de Deus pela humanidade não pode ser entendido por pessoas que tem uma mente materializada, pois as coisas espirituais se discernem espiritualmente”.

3). Regeneração: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas passaram e tudo se fez novo” (II Cor. 5:17). Muitas pessoas têm sentido o poder regenerador da cruz em diversas circunstâncias. John Wesley, depois de se esforçar durante anos para encontrar paz com Deus, finalmente se entregou a oferta de regeneração mediante o sangue de Cristo derramado na cruz pelos pecadores, e assim descobriu que seu coração se edificava na fé cada vez mais. A cruz não tem perdido seu poder redentor e muitos homens e mulheres estão provando a eficácia do poder salvador da cruz.

4). A justiça que Deus outorga:
Mediante a cruz, Cristo não somente nos deu seu amor e sua vida, mas também a sua natureza. Um casal sem filhos pode adotar uma criança e podem amá-la muito e prover para ela própria legalidade. Pois tem algo que não podem dar; a sua natureza e personalidade. Quando alguém diz: “é igual ao seu pai”, eles sorriem por gratidão, mas sabem que não é verdade. Pois quando Deus por intermédio da cruz nos incorpora a sua família, nos dá uma nova natureza espiritual e faz com que venhamos adquirir sua personalidade.
Numa guerra entre dois países, um navio afundou e uma cruz estava flutuando no mar e então gritaram os que estavam sendo atacados. “Agarrem-se na cruz, peguem a cruz e salvem-se”. É essa a nossa mensagem; agarremo-nos na cruz mediante a fé e seremos salvos. Há pouco tempo uma revista de grande circulação trazia um artigo de como o exército, mediante uma série de espelhos chegou a manejar os raios do sol de tal maneira que podia derreter uma viga. De forma semelhante, se aceitarmos o sacrifício de Cristo por nós podemos derreter todos os pecados e transformar nossa vida. Como os raios do sol podem ser manejados para fazer funcionar fábricas, assim também estes aspectos da cruz podem ser manejados por Deus para que se convertam em um verdadeiro dínamo em sua nova vida.

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